Marcos 1, 12-15
Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam.
Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
O texto acima é da liturgia de hoje. A Igreja, do alto da sua sabedoria, não celebra uma liturgia aleatória, sem rumo. Como Cristo, que leu uma passagem de acordo com o tempo, a Igreja faz o mesmo.(Lucas, 4, 16-19)
Na liturgia deste domingo, o Mestre é tentado e fala de conversão e fé.
O tema é atual: diariamente somos tentados a fazer o que não é do agrado do projeto de Deus. O aborto é a assunto do dia. Querem que a Igreja abra mão de certas doutrinas, em nome do modernismo pagão.
Que fique claro: o direito à vida é cláusula pétrea, ou seja, não tem negociação.
Convertei-vos e crede no Evangelho! sobre o que precisamos nos converter?
É pergunta que toca o coração para quem o tem.
A doutrina da Sola Scriptura foi difundida por Lutero e é sustentada hoje por seus discípulos. Digno de nota é o fato de que não é consistente essa prática. Ela se desfaz por si só.
"E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo.16.Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.17.Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra." (II Timóteo, 3, 15-17)
Nada, mas nada aí diz que somente a Bíblia é regra de fé.
Afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus, mas não a única. Textos como o de Tessalonnicenses, sim, diz muita coisa:
"...que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto." (2,2)
É digno de nota também que os que alegam a exclusividade da Bíblia também não o fazem. Pelo contrário, utilizam outras fontes também autênticas como palavras de pregadores, livros, revistas, CDs, palestras, congressos, etc.
Não é consistente o argumento abaixo, de que só a Bíblia é fonte de fe:"
"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim" (João 5.39). "São elas que de mim testificam" e não: são somente elas que de mim testificam.
Outra brecha bem grande encontramos na Bíblia para dizer que não só o que está na Bíblia é autêntico. Foi o evangelista João quem o disse:
"Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever." (João 21,25)
Aqui entram o que foi escrito sobre Jesus, mas que não está na Bíblia.
Mateus 25, 31-46
A prática da caridade também parte do pacote de práticas da vida cristã. Muitas vezes nos passa despercebido, mas inevitavelmente pesará na balança final. Quem diz é o Evangelho, viu?
É fato certo que Jesus de Nazaré foi morto, através de uma sentença condenatória.
Também não é errado dizermos que ele foi morto porque se entregou pela humanidade. Há trechos nas Escrituras que mostram claramente que ele fugiu dos seus algozes, porque ainda não era a hora de se entregar.
Ele foi morto, mas antes de tudo, se entregou por nós para que tivéssemos a redenção.
É muito interessante que em 1 Tm 3,15 vemos não a Bíblia, mas a Igreja - isto é, a comunidade viva de crentes fundada sob Pedro e os apóstolos e mantida pelos seus sucessores - sendo chamada de coluna e fundamento da verdade.
Claramente esta passagem de modo algum significa diminuir a importância da Bíblia, mas sua intenção é de mostrar que Jesus Cristo de fato estabeleceu um magistério autorizado que foi enviado a ensinar todas as nações (cf. Mt 28,19)
Em outro lugar esta mesma Igreja recebeu de Cristo a promessa de que os portões do inferno não prevaleceriam contra ela (cf. Mt 16,18), pois Ele sempre estaria presente (cf. Mt 28,20) e enviaria o Espírito Santo para ensiná-la todas as verdades (cf. Jo 16,13). Ao chefe visível de sua Igreja, São Pedro, Nosso Senhor disse: “Te darei as chaves do Reino dos Céus. Tudo que ligares na terra será ligado no céu; e tudo que desligares na terra será desligado no céu” (Mt 16,19). É evidente a partir destas passagens que Nosso Senhor enfatiza a autoridade de Sua Igreja e a norma que deveria seguir para salvaguardar e definir o Depósito da Fé.
(Fonte: Veritatis)
Pelo menos quatro argumentos depõem a favor do primado do apóstolo Pedro.
Pedro é o mais citado pelos Evangelistas
Cristo muda o nome de Simão para Pedro
Cristo prefere a barca de São Pedro
Na lista dos apóstolos, ele é o primeiro.
Poderíamos completar com a passgem em que Cristo entrega a Igreja para que ele seja o líder, o governante: "Apascenta meu rebanho!"
Os adversários da Igreja não poderão jamais concordar com isto, visto que eles não têm um líder que possa reperesentá-lo. A divisão foi tão grande que eles não têm parãmetros de liderança. É o preço do livre exame das Escrituras. Lamentável livre exame das Escrituras!
Acompanhamos na mídia a luta de muitos setores da sociedade que tentam de todas as formas mudar pra pior os costumes e valores da sociedade atual.
A melhor forma é procurar a Igreja, para que esta negocie certos artigos de fé.
Esquecem-se eles (aqui os liberais estão inclusos) de que as doutrinas são inegociáveis, porque são artigos de fé.
Temos fé num Deus que não mudou nem vai mudar. Querer que a Igreja passe a defender o aborto, ainda que seja em casos diversos, é querer que o que era, não é mais e que o Deus de ontem não é mais o mesmo.
A pedra tem sido símbolo de impedimento ao longo dos séculos. Outras vezes significa firmeza, segurança.
O Mestre usou a metáfora da pedra quando se referiu a Pedro como chefe da Igreja. Jesus, como pedra, queria edificar sua igreja na pedra. Mas que pedra?
"Tu és Pedro (pedra) e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja." (Mateus 16,18)
Há quem recuse o fato de Jesus ter se referido a Pedro como a pedra. Por que não? Se ele estava falando de igreja, poderia estar falando de organização. E foi a Pedro que ele entregou sua chefia.
Por que não recusam as passagens da bíblia que se referem aos cristãos como luz? "Vós sois a luz do mundo". Jesus é a luz, mas disse que somos a luz e devemos sê-la, para que ela brilhe entre as pessoas.
Não há problema nenhum em Pedro ser pedra também. O problema, meus amigos, está mais embaixo, ou mais encima: eles não querem admitir Pedro como pedra porque somente no século XVI é que eles apareceram. Portanto, eles não têm um Pedro como pedra. Aliás, todos lá são pedros e joãos e tiagos, e bartolomeus. Ninguém é de ninguém.
O livro de Marcos propõe responder aquilo que muitas pessoas pergunta: Quem é jesus?
A liturgia do Ano B traz o livro de Marcos como o principal Evangelho a ser lido e meditado. É Marcos que escreve sobre "quem é Jesus".
Os religiosos das mais diferentes cores têm sua opinião; os livre-pensadores, idem. O Jesus pintado por Marcos e pelos outros evangelistas é o verdadeiro Jesus. Se descobrirmos quem é ele, então já é meio caminho andado. Afinal, ele é o Caminho.
E desculpe: não tive nenhuma visão do outro lado, nenhum vislumbre do infinito. Mas tenho que reconhecer que saí da experiência com meu ceticismo abalado.
Eram tantas pessoas — me contaram depois — rezando por mim e manifestando sua apreensão e solidariedade, principalmente desconhecidos, que deve ter feito uma diferença. Vou precisar rever minhas relações com a metafisica.
(Testemunho do escritor Luís Fernando Veríssimo depois que saiu do hospital muito doente
(http://oglobo.globo.com/pais/noblat, em 6 de janeiro/2013)
A sola scriptura é um dos maiores equívocos das religiões ligadas à reforma protestante.
Senão, vejamos:
A crença é carregada de equívocos e contradições. O "somente a Bíblia como fonte de fé" é desfeita quando vemos estudiosos recorrerem aos escritos antigos para justificarem uma doutrina.
Certa vez li um estudo feito por um estudioso protestante que dava uma longa volta pela história antiga para justificar que o apóstolo Paulo teria sido casado.
Taí. Recorrer á história é sair das páginas das Escrituras. É o que a Igreja católica faz sem nenhuma culpa, porque defende a tradição oral como legítima.
É necessário fazer-se um estudo através da história para "provar" que Paulo teria sido casado, porque na Bíblia a gente roda, roda e não encontra sequer uma referência. Muito pelo contrário, poderá deduzir que ele foi solteiro.
Se procurarmos na Bíblia uma referência que apoie a sola scriptura não acharemos, mas não damos muito trabalho de encontrar referências que condenem a mesma.
A Igreja proclama que o tripé Escritura Sagrada/Tradição/Magistério da Igreja formam uma coluna que sustenta a Igreja desde os séculos dos séculos.
O que foi posto no parágrafo anterior tem sustentação na própria Bíblia.
"São Paulo recomenda e ordena a manutenção da Tradição Oral. Em1 Cor 11,2, por exemplo, lemos: “Eu vos felicito por vos lembrardes de mim em toda ocasião e conservardes as tradições tais como eu vo-las transmiti” . São Paulo está claramente recomendando que mantenham a tradição oral, e deve ser notado em particular que ele congratula os fiéis por fazê-lo (Eu vos felicito...). Também é explícito no texto o fato de que a integridade desta Tradição oral apostólica era claramente mantida, da mesma forma como Nosso Senhor havia prometido, sob o auxílio do Espírito Santo (cf. Jo 16,13).
Talvez o mais claro apoio bíblico para a Tradição oral seja 2 Ts 2,15, onde os cristãos são enfaticamente advertidos: “Assim, pois, irmãos, ficai inabaláveis e guardai firmemente as tradições que vos ensinamos, de viva voz ou por carta”. Esta passagem é significante porque: a) mostra uma tradição oral apostólica vivente, b) diz que os cristãos estarão firmemente fundamentados na fé se aderirem a estas tradições e c) claramente afirma que estas tradições eram tanto escritas como orais.
A Bíblia distintamente mostra aqui que as tradições orais - autênticas e apostólicas em sua origem - deveriam ser seguidas como componente válido do Depósito da Fé, então por quais razões ou desculpas os protestantes a rejeitam? Com que autoridade podem rejeitar uma exortação clara do apóstolo Paulo?" (Fonte: Veritatis.com.br)
Para terminar, vou utilizar a brincadeira do faz-de-conta: façamos de conta que os que se diziam católicos e hoje migraram para outras religiões tivessem conhecido os textos acima, especialmente I Ts 2,15. O que eles diriam hoje da doutrina do "Somente a Bíblia"?
A expressão “Confirma teus irmãos” (Lc 22, 31) dirigida por Jesus ao apóstolo Pedro durante a Última Ceia, confiando-lhe o dever de ser, aqui na terra, o Pastor de toda a sua Igreja, é uma expressão presente na teologia católica, visto que o sucessor de Pedro, o papa, tem a missão de confirmar os cristãos na fé.
Pedro recebeu de Jesus essa missão e a delegou aos seus sucessores. Quem não tem líder universal não pode dizer a mesma coisa.
Vejam as passagens abaixo, diretamente da Bíblia. Atentem bem que eles citam nomes de livros que não existem na própria Bíblia.
Velho Testamento
1. Livro do Convênio (Êxodo 24:4, 7)
2. Livro das Guerras (Números 21:14)
3. Livro de Jasher (Josué 10:13) e (2 Samuel 1:18)
4. Livro dos Estatutos (1 Samuel 10:25)
5. Livro dos Atos de Salomão (1 Reis 11:41)
6. Livro de Natã (1 Crônicas 29:29) (2 Crônicas 9:29)
7. Livro de Gade (Mesmo do número 6)
8. Profecias de Aías (2 Crônicas 9:29; 2:15; 13:22)
9. Visões de Ido (Mesmo do número 8)
10. Livro de Semaías (2 Crônicas 12:15)
11. Livro de Jeú (2 Crônicas 20:34)
12. Atos de Uzias, Escrito por Isaías (2 Crônicas 26:22)
13. Livros dos Videntes (2 Crônicas 33:19)
14. Profecias de Enoque Jude 14
15. Comentários de Mateus de Nazaré (Mateus 2:23)
Escritos perdidos do Novo Testamento (ou seja, somente mencionados, mas infelizmente totalmente perdidos)
16. Epístola Perdida de Paulo (1 Coríntios 5:9)
17. Segunda epístola perdida de Paulo (Efésios 3:3-4)
18. Terceira epistola perdida de Paulo (Colossenses 4:16)
19. Epístola perdida de Judas
Uma das diferenças da Igreja Católica Apostólica Romana para as outras é que esta é a Igreja da Palavra.
Atentem bem para isso: Igreja da Palavra e não somente da Bíblia.
Umas praticam uma espécie de bibliolatria a ponto de desprezarem, teoricamente outras palavras como Palavra de Deus.
Na verdade, como disse, teoricamente eles são igreja da Bíblia somente e não da Palavra. Mas, apesar de defenderem a sola scriptura, na prática, não acreditam somente na Bíblia, mas noutras formas de Deus falar, como um hino, uma pregação, um testemunho, um escrito antigo dito por um sábio religioso da antiguidade, principalmente da Reforma.
Com a Igreja Católica é diferente: prega que somos a Igreja da Palavra. Acreditamos que os escritos dos padres apostólicos e a voz do magistério da Igreja têm valor de Palavra. Não só a Bíblia é Palavra de Deus, não!
A promessa foi dada a Pedro, quando este recebia o convite para ser o seguidor do Mestre.
De pescador de peixe para pescador de homem é uma mudança drástica, principalmente para quem não tem habilidade com as palavras.
Jesus Cristo aos poucos foi capacitando Pedro e os demais apóstolos para o ministério de pescar gente.
A Pedro ele deu uma missão maior que foi a de apascentar o rebanho universal.
As comemorações da conhecida Semana Santa fazem parte das comemorações da memória do julgamento, condenação, sofrimento na cruz, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Não é uma coisa alheia aos ensinamentos bíblicos.
Portanto, tirando os exageros do pecado que muita gente comete nesse período, a semana é propícia para a reflexão, pois cada cristão faz a mesma trajetória que Jesus fez.
Resumindo: é uma tradição boa, que certamente Jesus Cristo não condena.
A passagem de Mc 7,6 nos fala de Jesus que faz referência aos fariseus quando aqueles teimavam em seguir ao pé da letra os preceitos da lei, mas não atentavam para atos mais concretos, como a pureza do interior e não a do exterior.
